Respirar é um pensamento.
A consciência.
O cerco a fechar-se.
Números.
A normalidade do repúdio.
Afasta-te das pessoas. Não toques nas pessoas. Não vês que estás muito perto?
Não. Não vejo.
Vejo longe. Sempre quase. É já ali. Um instantinho. Estântinho.
Sempre um momento qualquer. Um tempo qualquer. 1/2 segundo.
Respira! Respira com a barriga. A barriga para fora. Enche a barriga. Não sabes? Não sabes respirar pela barriga?
Não sei.
Desocupo-me. Esvazio-me de perspectiva.
Sempre no quase. O cerco a fechar-se.
A normalidade de virar a cara. Um caracol.
A normalidade de submergir. Seguro. Será seguro?
Avestruz.
Haveria de acontecer.
Consciência íngreme.
O cerco.
Um beco.
Respira para dentro!
Onde está a meta? Onde é que está a meta? É onde a curva?
Ponto de fuga.
O copo-cheio. O corpo-cheio. O limite.
Dali-ao-caos-1-mililitro.
A distância entre a) e b).
A consciência entre a) e b).
Respira ao contrário. Expira primeiro. Para dentro. Não se expira para fora, minha menina.
A barriga. Não te esqueças da barriga.
Não sei.
Pesa o segmento de reta.
E se não houver b)?
Afasta-te das pessoas.
Não toques nas pessoas.
Não vês que estás muito perto?
Não toques.
Não se toca.
E respira ao contrário.
E se não for um segmento?
E se for uma reta imprópria? De fuga?
Oração subordinada que expressa dúvida.
O infinito é para sempre?
Daqui-ao-caos: 0.5 mm. Onde é que curva, curva?
Ontem dei um abraço. Em valsa. As costas cambré.
E aconteceu.
Inês Peceguina